calcinhas em desfile

@annebecker no lingerie day do Twitter

Mais um post sobre a questão dos limites entre público e privado.

Ontem, no Twitter, rolou uma brincadeira chamada #LingerieDay: quem quisesse participar devia trocar sua foto de avatar habitual por uma outra, usando lingerie. E um bom número de mulheres aderiu à ideia, como se pode ver neste tumblr que fez uma compilação de imagens.  Já os rapazes compareceram com apenas 10 fotos, sendo que duas delas foram de deboche.

As garotas aparecem usando sutiãs incrementados, calcinhas de renda, espartilhos, meias7/8, cinta-liga, enfim, todo arsenal de sedução feminino. Os homens, por sua vez, contam com… suas cuecas.

Eu jamais me exporia dessa maneira em público,  mas acho que cada um tem o direito de gerir sua própria privacidade como bem entender. O que eu me pergunto é o que motiva as mulheres a, literalmente, desnudarem sua intimidade na internet. Vaidade, exibicionismo, vontade de ser admirada, considerada a mais gostosa? É a ditadura da fêmea fatal? Se o corpo quase nu está visível para todos, sem discriminação, existe espaço para algum mistério, para algo de íntimo e pessoal?

As perguntas não são retóricas, portanto deixem seus comentários e opiniões.

um brinde com a diva

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OMG! Acabo de saber que Dita Von Teese, a diva suprema do burlesco, irá se apresentar no Brasil, dia 28 de outubro, a convite da marca francesa de licor, Cointreau.

Para quem não sabe, o burlesco é originalmente um gênero teatral que envolve paródia e sátira, descendente da Commedia dell’arte. Hoje, o termo designa também números de dança e striptease em que as dançarinas se vestem com roupas retro.

E Dita Von Teese, famosa por ter sido casada com o esquisitão Marilyn Mason,  é o maior ícone deste movimento, unindo beleza clássica, corpo estonteante e muito bom gosto. Tanto que foi convidada para desenvolver uma linha de lingerie para a Wonderbra, em agosto de 2008, e repetiu a dose em setembro deste ano, com a coleção “Party Edition”

Delicie-se com o vídeo de apresentação da coleção!

“A lingerie não deveria ser algo que você veste para o seu amante, e sim para você mesma. Não tem a ver com seduzir os homens e sim com assumir a própria feminilidade”, disse ela numa entrevista para o jornal NYDaily News, na ocasião do lançamento.

Ok, Dita, mas aposto que poucos resistiriam a looks tão sedutores e glamourosos!

A propósito, o show é apenas para convidados da marca.

o mapa da mina

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O blog da Wired, revista especializada em tecnologia e internet, publicou ontem uma nota sobre o lançamento de uma lingerie equipada com GPS, criada pela estilista brasileira Lucia Loria.

A peça em questão –de acordo com o jornal americano Daily Mail, citado na matéria da Wired– gerou reações negativas entre feministas que a consideraram um “cinto-de castidade” dos tempos modernos.

A designer diz que a proposta não é esta, que o intuito do localizador é dar segurança para as mulheres que vivem em cidades violentas e perigosas.

A idéia de incluir um aparelho de GPS ao vestuário feminino não é nova. Em outubro de 2006, publiquei aqui no blog uma post sobre o lançamento de sandálias turbinadas com vídeo e GPS, criadas pela Afrodite Project. A diferença é que o calçado foi concebido como parte de um projeto artístico e social que visava proteger as prostitutas.

Sinceramente, não vejo motivo algum para a fúria das feministas. Tampouco vejo muita utilidade numa lingerie dotada de rastreador. A não ser que a idéia seja brincar de esconde-esconde com o namorado… aí quem sabe…

[via Cris Gorissen / De Repente]