A moda além do hype

Está rolando no MAM a segunda edição do ZIGUE ZAGUE, evento de reflexão sobre moda, concebido por Cristiane Mesquita. Como na edição passada, o ZIGUE ZAGUE é composto por 3 módulos: Desfiles Incríveis, Conversas Transversais e Oficinas Transitivas. 

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(De cima para baixo: look de Ronaldo Fraga e de Walter Rodrigues, ambos do inverno 2007. Fotos de Silvia Boriello)

Das 11 às 13 horas acontecem os Desfiles Incríveis: uma revisão de desfiles significativos, comentados por pessoas de outras áreas, que não a moda. Neste domingo, por exemplo, o tema é “Fabulações e Poéticas Chinesas”, sobre os desfiles de Ronaldo Fraga  e Walter Rodrigues, ambos de inverno 2007. Os comentários ficam a cargo de Carla Mendonça e Christine Greiner, com coordenação de Adriana Vaz Ramos. Na segunda-feira é a vez do desfile de Wilson Ranieri, quem fala é Laura Lima e quem coordena é Maria Monteiro.

Nas Conversas Transversais, convidados inventam relações, intersecções, aproximações e deslocamentos entre moda e arte. Neste domingo, Márcio Banfi, Marilá Dardot e Thais Graciotti conversam sobre “Roupas em troca: pele, desapego e memória”, com coordenação de Rosane Preciosa. Na segunda-feira, a temática será “Procuro-me: aparência e sensação de si”, com Deborah de Paula Souza, Ilana Brenholc e Lenora de Barros, mais a coordenação de Cris Mesquita.

Nas Oficinas Transitivas, que acontecem sempre das 14 às 17 horas, a idéia é sair da teoria e pôr a mão na massa. No sábado, a oficina ensina a fazer impressões sobre tecido com stencil, à partir da exposição “Ronaldo Fraga: política, moda e arte”, realizada pelo MAM. No domingo, é hora de aprender styling, criando roupas e acessórios de papel, inspiradas nas obras dos artistas Pitágoras e Regina Silveira.

Para mais informações: www.mam.org.br ou ana_franco@mam.org.br ou ainda tel. 11 5085 1313

É sempre bom lembrar que a moda não é feita só de hype, glamour e celebridades. Uma boa dose de reflexão, estudo e discussão é essencial para a evolução da linguagem e da cultura de moda, especialmente num país como o nosso, que ainda é “adolescente”  e tem pouca tradição no assunto.