Suspiros

O site Brainstorm #9 colocou no ar, em primeira mão, o filme em que Jack Bauer, digo, Kiefer Sutherland aparece dirigindo pelas ruas de São Paulo, o Citroën C4 Pallas.  O comercial deve ser veiculado na tv nos próximos dias.

Zezão – O explorador do esgoto

O trabalho do grafiteiro Zezão é o tema central do filme “No Traço do Invisível”, das diretoras Laura Faerman e Marília Scharlach, apresentado em 19/05/2007 no Resfest em São Paulo.

Na abertura do Resfest, Laura Faerman e Marília Scharlach, diretoras do filme “No Traço do Invisível” subiram ao palco e agradeceram à equipe de filmagem, por ter entrado “naquela buraqueira”. O que as imagens mostram, logo a seguir, é mesmo uma buraqueira infernal, composta pelas galerias de esgoto do rio Tietê, pelo piscinão do Pacaembú e outros lugares para lá de trash, que o grafiteiro Zezão elege como suporte para sua arte.

Ver Zezão se embrenhar na imundície dos túneis causa, logo de cara, um certo incômodo visual e levanta algumas questões importantes. Por que uma pessoa se embrenha na rede de esgoto para grafitar onde ninguém vê? É um discurso social, é transgressão, é o quê?

Queremos tanto esquecer da parte feia da cidade, dos seus subterrâneos sujos, das suas áreas degradadas e decadentes. E no entanto, lá vai Zezão, sozinho pelos túneis, como um arqueólogo do lixo, deixando sua marca, suas belas formas fluidas e orgânicas, sempre em dois tons de azul. Para quê e para quem?

O arquiteto Paulo Mendes da Rocha e o galerista Baixo Ribeiro (da Choque Cultural) analisam o trabalho do grafiteiro, falam do horror da decadência urbana, da impossibilidade de revitalizar as áreas mortas, da falha da civilização em criar e manter as cidades.

Não fica claro, no filme, o quanto estas reflexões fazem parte da intenção do artista, e isso deve ser entendido como uma qualidade e não uma falha. Zezão escala paredes, se equilibra em muros altos, pula em terrenos baldios, invade trilhos de trem, arromba portas em prédios abandonados. Suas ações falam por si. A câmera que o segue, cúmplice, espiona aquele mundo estranho e apocalíptico que não queremos ver. E termina por mostrar uma beleza às avessas, feita de avenidas sinuosas, curvas de rio, galerias subterrâneas. Vista do alto, a cidade se parece com os traços de Zezão.

O filme “No Traço do Invisível” está disponível no Youtube. Confere lá! 

Para ver mais imagens das obras de Zezão, no Flickr do artista, clique aqui.

A festa do Resfest

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Acontece hoje, às 21 horas, somente para convidados, a festa de abertura do Resfest, com exibição do longa “No Traço do Invisível”, de Laura Faerman e Marilia Scharlach, sobre o trabalho do grafiteiro Zezão. Depois do filme, o DJ Holger Beier assume as pick ups, e levado-se em conta que ele é o inventor do bastard pop –precurssor de bandas de mashup como o 2Many DJs–, a festa deve bombar.

O meu convite já chegou (OBA!), e veio com um mimo super especial: o toy criado pelo ilustardor Rafael Grampá, diretor de arte da produtora Lobo. É um passarinho muito fofo, veja o desenho acima!

Eu vou lá e depois conto tudo aqui! Se der, vou postar videozinhos do celular e tudo. Aguarde!

Amores e viagens

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Segunda-feira, dia 14, às 17 horas, acontece mais uma exposição coletiva no Mezanino. Desta vez o tema é “Lugares, os Viajantes e suas Cartas de Amor” e participam: Armando Prado, Cássio Leitão, Filipe Jardim, Marcelo Tinoco, João Carrascosa e Roberta Dabdab, entre outros. Além de fotografias, desenhos e objetos, a exposição inclui alguns filmes de Super 8, que serão mostrados às 20 horas, na Escola São Paulo, ali ao lado, na rua Augusta, 2.239. Vai lá!

Mezanino: alameda Franca 1.104. 

Banho de cultura pop

Acontece na próxima semana, de 18 a 20 de maio, o Resfest, festival de cultura pop que inclui animação, música, cinema, tecnologia, design gráfico e moda. A programação é extensa e vem recheada de boas atrações como uma retrospectiva dos melhores clips do Radiohead, o filme “Drawning Restraint 9″ de Mathew Barney (inédito no Brasil) e o show de Miho Hatori -ex-integrante da banda novaiorquina Cibo Matto. Já a exposição de fotos de Shoichi Aoki, idealizador da revista japonesa “Fruits”, deve fazer a alegria de quem gosta de moda, por conta das imagens de street style. Imperdível!

Cartela de cores

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Hoje tem a pré-estréia do filme novo do Homem Aranha, né! E eu me lembrei de uma coisa curiosa que João Braga, grande professor de História da Moda, disse sobre os uniformes dos super-heróis norte-americanos. Ele chamou a atenção para o fato dos uniformes terem sempre as cores da bandeira dos Estados Unidos, uma vez que foram desenhados em épocas de crise em que era preciso afirmar o nacionalismo. Será que um super-herói vestido de verde e amarelo ia dar certo?