Transmission

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 Na última sexta, comentei aqui que o novo blog da Zapping já estava no ar. E para comemorar o acontecimento, a marca faz hoje uma sessão pipoca –exclusiva para convidados–, exibindo o filme “Control” de Anton Corbjin. O filme, como muitos já devem saber, retrata a trajetória de Ian Curtis, vocalista da banda Joy Division.

Eu, que sou fã do grupo desde os anos 80, já falei sobre o filme em dois posts que você pode conferir: aqui, quando ele estreou no Reino Unido, e aqui, quando saiu uma matéria da V Magazine, em agosto. Tem vídeos, críticas, fotos e informações variadas.

Já assisti ao filme, quando passou na Mostra da Cinema de São Paulo, é posso dar minha opinião, um pouco suspeita, de cinéfila leiga e fã do Joy Division: o filme é ótimo, a fotografia é absurda (o que não admira, já que Cobjin é um graaande fotógrafo da cena musical) e a atuação dos atores é arrepiante, em especial a de Sam Riley, ator estreante que interpreta Ian Curtis.

Veja a entrevista com Sam Riley, falando sobre o filme.

Agora só falta os exibidores programarem a estréia nacional do filme, para todo mundo poder ver!

take control

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O filme “Control” de Anton Corbijn, que fala da tragetória do lendário Joy Division, estreou ontem no Reino Unido e possivelmente vai ser axibido aqui em breve, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontece de 19 de outubro a 1º de novembro. Enquanto isso, ouça a versão do Killers para a música “Shadowplay”.  

Quer saber mais sobre o filme? Leia a resenha do Manchester Evening News.

He lost control again

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A  revista V que saiu no dia 20 de julho traz uma matéria com Anton Corbjin sobre o filme Control, que fala sobre a vida de Ian Curtis, lendário vocalista do Joy Division que se suicidou aos 23 anos. Por enquanto, dá para ler um trecho aqui, no site da revista.

O holandês Corbjin ficou famoso como fotógrafo e diretor de vídeos do segmento musical, ao criar imagens antológicas para bandas como Depeche Mode, Nirvana e U2, entre outras. Control é seu longa-metragem de estréia, lançado no último festival de Cannes, em maio, quando recebeu 2 prêmios. A história se baseia no livro “Touching from a Distance”, escrito por Deborah Curtis, viúva do cantor. O ator Sam Riley faz o papel de Ian Curtis e Samantha Morton, o de Deborah.

Abaixo, foto de Dean Rogers durante a filmagem de Control. Da esq. para a dir. Corbjin, Riley e McNutty. No alto, cena do filme, também por Dean Rogers.

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Poucas bandas, nos anos 80, tiveram tanta influência na cena musical quanto o Joy Division. O som soturno, tristonho, com batidas de bateria abafadas e letras cheias de angústia refletiam o sentimento de uma geração. Muita gente se inspirou neles, inclusive Renato Russo, no primeiro disco do Legião Urbana.

Depois da morte do vocalista, os outros integrantes criaram o New Order. E um novo capítulo da história da música.

Veja, aqui, uma entrevista com o diretor, legendada em inglês, com cenas do filme.

E o trailler do filme.

Nunca fui de cultuar mitos, mas mesmo assim, nos anos 80, pintei numa camiseta a data da morte do cantor: 18 de maio de 1980. É até estranho dizer isso, mas nunca esqueci esta data.

Naquela época, o suicídio de Curtis parecia uma daquelas tragédias inexplicáveis. O silêncio rondava os remanescentes da banda. Só com a publicação do livro de Deborah Curtis, 1995, foi possível entender um pouco do que se passava. Ian se sentia culpado pelo casamento fracassado e por ter uma amante. Além disso, os remédios que tomava para tratar da epilepsia recém-descoberta, junto com o grande consumo de álcool, o levaram à depressão, tornando seu humor imprevisível.

No fundo, acho que todo fã do Joy Division já se perguntou o que teria acontecido se Ian não tivesse dado fim à própria vida. A resposta  fica a cargo da imaginação de cada um. Provavelmente, o New Order não existiria. Já pensou?

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Foto: Dean Rogers

Memorabilia

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Acima, fotos do livro “Pleasures and Wayward Distractions” de Brian Edge (1984).

Abaixo, detalhes das capas de Love Will Tear us Apart, Closer e Atmosphere, todas criadas pelo artista gráfico Peter Saville.

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Esses discos de vinil foram dos poucos que resistiram na minha estante, junto com alguns do Cure, Smiths e Brian Eno. O mais precioso deles é o single de 7” do JD com Transmission, de 1979. Só não coloquei a foto da capa porque está detonada demais (ainda bem que o disco, em si, resiste). Boa oportunidade para ligar novamente o toca-discos.

Links:

Ian Curtis.org – fã-clube do cantor e da banda, contém todas as informações discográficas

Saville Associates– site do artista gráfico Peter Saville

Touching From a Distance– trechos do livro

 Lyrics: Love will tear us appart

Do you cry out in your sleep
All my failings expose?
Get a taste in my mouth
As desperation takes hold
Is it something so good
Just cant function no more?
When love, love will tear us apart again