criança esperança

Para começar bem a semana, que tal uma dose cavalar de doçura? É isso que você encontra no livro “Happy Kitty Bunny Pony, a Sacarine Mouthful of Super Cute” de Charles S. Anderson Design Co. e Michael J. Nelson, editora Pop Ink.

Esqueça o bom gosto, o senso estético, e libere as interjeições fofuchas, sem medo de ser criança outra vez. Ai, qui bunitinho!

kitty-panorama-final.jpg

O meu exemplar eu comprei na Plastik, mas você também pode encomendar na Amazon.

Plastik: rua Dr.Meo Alves, 459, tel. 11 3081-2056.

That 70’s show

 mod-or-fraud.jpg

Um monte de gente adora testes, inclusive eu. Se este também é seu caso, verifique seus conhecimentos sobre os anos 70 respondendo a Mod or Fraud. E cuidado, pois desde que a onda retrô tomou conta do planeta é cada vez mais difícil identificar quando um item foi produzido.

Eu acertei 12 das 16 respostas. E você?

via Ócio Pop (thanx Thyer!)

O Estadão pensa “inho”

Que absurdo! Estou indignada! Acabo de saber, através do blog C’est Hypercool! de Sylvain Justum, que o Estadão lançou campanha ridicularizando os blogs.

Um dos posts sobre o assunto que mais gostei foi esse, escrito pelo Alexandre Inagaki,

Leia mais aqui, e aqui.

E veja o filme da campanha “mico”.

Tá certo que os grandes jornais e revistas estão se sentindo ameaçados pela invasão blogger. Tá certo que tem muito lixo na internet. Mas esta campanha é ofensiva, preconceituosa e burra.

He lost control again

 control-ian.jpg

A  revista V que saiu no dia 20 de julho traz uma matéria com Anton Corbjin sobre o filme Control, que fala sobre a vida de Ian Curtis, lendário vocalista do Joy Division que se suicidou aos 23 anos. Por enquanto, dá para ler um trecho aqui, no site da revista.

O holandês Corbjin ficou famoso como fotógrafo e diretor de vídeos do segmento musical, ao criar imagens antológicas para bandas como Depeche Mode, Nirvana e U2, entre outras. Control é seu longa-metragem de estréia, lançado no último festival de Cannes, em maio, quando recebeu 2 prêmios. A história se baseia no livro “Touching from a Distance”, escrito por Deborah Curtis, viúva do cantor. O ator Sam Riley faz o papel de Ian Curtis e Samantha Morton, o de Deborah.

Abaixo, foto de Dean Rogers durante a filmagem de Control. Da esq. para a dir. Corbjin, Riley e McNutty. No alto, cena do filme, também por Dean Rogers.

control-corbjin-riley-mcnutty.jpg

Poucas bandas, nos anos 80, tiveram tanta influência na cena musical quanto o Joy Division. O som soturno, tristonho, com batidas de bateria abafadas e letras cheias de angústia refletiam o sentimento de uma geração. Muita gente se inspirou neles, inclusive Renato Russo, no primeiro disco do Legião Urbana.

Depois da morte do vocalista, os outros integrantes criaram o New Order. E um novo capítulo da história da música.

Veja, aqui, uma entrevista com o diretor, legendada em inglês, com cenas do filme.

E o trailler do filme.

Nunca fui de cultuar mitos, mas mesmo assim, nos anos 80, pintei numa camiseta a data da morte do cantor: 18 de maio de 1980. É até estranho dizer isso, mas nunca esqueci esta data.

Naquela época, o suicídio de Curtis parecia uma daquelas tragédias inexplicáveis. O silêncio rondava os remanescentes da banda. Só com a publicação do livro de Deborah Curtis, 1995, foi possível entender um pouco do que se passava. Ian se sentia culpado pelo casamento fracassado e por ter uma amante. Além disso, os remédios que tomava para tratar da epilepsia recém-descoberta, junto com o grande consumo de álcool, o levaram à depressão, tornando seu humor imprevisível.

No fundo, acho que todo fã do Joy Division já se perguntou o que teria acontecido se Ian não tivesse dado fim à própria vida. A resposta  fica a cargo da imaginação de cada um. Provavelmente, o New Order não existiria. Já pensou?

control-ian-crying.jpg

Foto: Dean Rogers

Memorabilia

panorama-joy-fotos-p.jpg

Acima, fotos do livro “Pleasures and Wayward Distractions” de Brian Edge (1984).

Abaixo, detalhes das capas de Love Will Tear us Apart, Closer e Atmosphere, todas criadas pelo artista gráfico Peter Saville.

joy-cover-love-will-tear001.jpg

joy-cover-closer-002.jpg

joy-cover003.jpg

Esses discos de vinil foram dos poucos que resistiram na minha estante, junto com alguns do Cure, Smiths e Brian Eno. O mais precioso deles é o single de 7” do JD com Transmission, de 1979. Só não coloquei a foto da capa porque está detonada demais (ainda bem que o disco, em si, resiste). Boa oportunidade para ligar novamente o toca-discos.

Links:

Ian Curtis.org – fã-clube do cantor e da banda, contém todas as informações discográficas

Saville Associates– site do artista gráfico Peter Saville

Touching From a Distance– trechos do livro

 Lyrics: Love will tear us appart

Do you cry out in your sleep
All my failings expose?
Get a taste in my mouth
As desperation takes hold
Is it something so good
Just cant function no more?
When love, love will tear us apart again

Portfolio

Quer ver um vídeo sen-sa-cio-nal do fotógrafo-todo-poderoso Steven Meisel? Parece que foi feito em 1983, qdo Paulina Porizkowa era uma top jovenzita em ascensão.

 Se alguém souber qual é música que toca (parece Blondie…),por favor deixe um comentário. Enjoy!

Veja também esta ótima colagem de editoriais recentes, com imagens incríveis, ao som de Bump (Pink Skull Remix) por Spank Rock.

Sapatilha nova

new-order-colker.jpg

Olha só que legal: a New Order, marca de acessórios descolados e coloridos, lança na próxima semana sua coleção de verão, em parceria inédita com o Centro de Movimento Deborah Colker (uma das companhias de dança mais importantes do Brasil).

As bailarinas do grupo vão parecer nas fotos do catálogo –como a que você vê acima–, clicadas por Flávio Colker, fotógrafo super talentoso e irmão de Deborah. Mas não é só isso: a New Order aproveita para lançar uma linha chamada Confort to Dance, com calçados feitos para todo tipo de dança. É claro que para desenvolver estes produtos, a marca contou com o apoio e expertise dos integrantes do Centro de Movimento.

Agora tenho que ir! Vou assistir ao espetáculo do grupo Corpo, outra atração imperdível em se tratando de dança contemporânea. Aliás, o figurino deles, criado pela talentosíssima mineira Freuza Zechmeister, tem a ver com os tênis bicolores da New Order. Sintonia fina!

corpo1.jpg

achados

Quer garimpar peças charmosas e baratinhas? Então não perca o Sacolão de Estilo, bazar de roupas e acessórios criado pela Oficina de Estilo. Para saber mais, clique aqui.

sacolao_de_estilo.jpg

Aula de moda

Anteontem os fashionistas radicados em São Paulo puderam optar entre dois eventos de moda: a palestra de Paulo Martinez na Escola São Paulo e o debate entre Alexandre Herchcovitch e a figurinista Marília Carneiro, no Teatro Folha. Que maravilha poder escolher entre dois programas tão interessantes!

panorama-martinez.jpg

Fui ver o Paulo Martinez, amigo e profissional que admiro há muito tempo. Ele falou sobre ”O stylist dando personalidade à criação do estilista”, assunto que domina como ninguém. Foi uma aula de profissionalismo e humildade.

 Acima, o editor de moda em 3 momentos de intervalo fashion.

(E quem quiser saber o que rolou no outro evento, pode ler a coluna da Oficina de Estilo no BlogView, aqui.)

panorama-mag.jpg

Acima, fotos feitas por Gui Paganini em Soweto, África, para a primeira edição da revista ffwMag. Edição de Paulo Martinez. Produção de moda de Heleno Jr. Beauty by Max Weber. Repare no casting multiétnico sul-africano.

Com a palavra, Paulo Martinez:

“O mais importante, no trabalho do stylist, é não ser autista. Você tem que saber para quem está trabalhando e o que se espera de você.”

“O styling não deve nunca se sobrepor ao trabalho do estilista.”

Sobre edição de desfile:

“O que é editar um desfile? É um saco, porque você é contratado para decidir o que entra ou não na passarela. E para isso, tem que lidar com o ego do estilista que geralmente gosta de tudo aquilo que criou.”

“Cabe ao stylist direcionar o desfile, ressaltar qual é a notícia, a novidade, que existe ali.”

“As etapas de trabalho incluem: casting (que é a seleção de modelos), fitting (prova de roupa, quando se decide quem vai vestir o quê), edição (a seleção e a seqüência de entrada das roupas), concepção de trilha sonora, cenário, cabelo e maquiagem. É um trabalho de 6 meses que vai durar de 7 a 10 minutos na passarela.”

“Antigamente fazíamos desfiles com 80 a 120 looks. Hoje são 30, 45 looks no máximo. Se passar de 10 minutos de duração as pessoas se entediam e passam a olhar para o que não devem.”

“Uma figura que também é fundamental na concepção do desfile é o diretor artístico. Ele é a pessoa que coordena tudo: luz, som, cenário, casting, edição. É como um manipulador de fantoches, faz com que tudo funcione na hora certa.” 

Sobre a crítica de desfile:

“Não acredito em crítica imediata. Acho que é preciso depurar a informação. Quando você revê o desfile, passado o calor do momento, pode gostar de coisas que não tinha gostado antes, e vice-versa.”

Sobre fotos de moda:

“A maior diferença entre entre um desfile e uma foto de moda é que na foto eu te engano o tempo todo. Se o sapato não serve, eu faço uma foto aproximada. Se a roupa está larga, alfineto atrás. No desfile, não. Se a roupa entrou errada, já era.”

“Mesmo quando a roupa é ruim, você tem fazer a foto ficar boa.”

“Quero fazer imagens eternas, que contenham uma verdade. Para isso é preciso ter  tesão naquilo que se cria.”

“O stylist tem que saber se adequar ao veículo de comunicação que o contratou. Se vai fazer uma matéria para a Vogue, a Marie Claire ou a ffwMag, ele precisa conhecer a revista, o público, o objetivo.”

Na terceira edição da revista ffwMAG, Paulo conta que a moda seria  fotografada em Manaus, tendo como cenário o magnífico Teatro Municipal. Por isso, ele começou a pesquisar óperas e decidiu revisistar a história de Madame Butterfly. E para acentuar a brasilidade desta trágica saga de amor, inventou o personagem de um índio, pelo qual Butterfly teria se apaixonado. Veja o resultado.

mag001.jpg

mag002.jpg

mag005.jpg

As fotos são de Bob Wolfenson e o make-kabuki luxuoso, de Rcardo dos Anjos. As roupas foram confeccionadas com materiais recliclados porque o tema da edição era a sustentabilidade.

Em tempo: Paulo Martinez tem um fotolog muito bacana, chamado arrudaneles. Todo mês o flog segue um tema. No momento, está rolando um lance horizontal, só fotos de pessoas deitadas. Quem deu a notícia primeiro foi Sylvain Justum, no blog C’est Hypercool. Para dar uma espiadinha no flog, clique aqui.

fotolog-paulo.jpg

Acima, o modelo Diego Bausen (One Models Brazil) fotografado por Cristiano.