sex and the clothes

A Vogue.TV acaba de colocar no ar o making of da matéria de capa da Vogue americana deste mês, com Sarah Jessica Parker. No vídeo, duas editoras de moda da revista –Phyllis Posnick e Sylvana Soto-Ward– falam sobre as roupas e acessórios selecionados especialmente para a ocasião. É uma delícia espiar o acervo da revista, cheio de vestidões dramáticos, sapatos chiquérrimos e jóias estonteantes.

Repare que Sylavana Soto-Ward, editora responsável pelos acessórios (sim, lá na Vogue americana eles tem uma pessoa para escolher acessórios!) comenta que entre as centenas de pares escolhidos (Manolo Blahnick, Christian Louboutin, e etc, bem ao gosto da personagem Carrie), destacam-se os sapatos com saltos finos e pontudos. Ou seja, chega de plataformas pesadonas.

Clique na imagem abaixo para assistir!

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PS- Se todo esse glamour te deixar com inveja das editoras de moda brasileiras, saiba que aqui as coisas são “um tantinho” diferentes. Nossas revistas têm, sim, os seus acervos (ou closets)  mas nada que se compare, nem de longe, ao luxo e poder da revista gringa. Há algumas outras diferenças básicas como o orçamento, a infra-estrutura e o tamanho da equipe. Depois de 7 anos à frente da editoria de uma grande revista, posso dizer com conhecimento de causa que o dia-a-dia desse tipo de profissional é recheado de muito trabalho e que o glamour fica mesmo para as páginas lustrosas que vão para as bancas. Qualquer dia eu conto mais!

feira do livro

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Decidi fazer uma série de promoções culturais no blog.

E a primeira delas é assim: quem quiser concorrer a um dos 3 exemplares do livro “46 LIVROS DE MODA QUE VOCÊ NÃO PODE DEIXAR DE LER” (Editora Memória Visual) que eu vou sortear no domingo, pode mandar uma mensagem para modasemfrescura@gmail.com.

Não deixem de participar e fiquem ligados! Serão várias promoções nas próximas semanas!

univitelinos

Além da questão “capilar” levantada no último post, encontrei algumas outras idéias gêmeas, nos desfiles por aí. Cópia, tendência, sincronicidade ou culpa dos bureaus de estilo? 

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Miu Miu e João Pimenta recortaram e colaram.

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Rober Dognani e P’tit: a roupa desce redonda.

[fotos: CHARLES NASEH/CHIC]

peruca de macaco?

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João Pimenta declarou que os penteados enormes usados por alguns dos seus modelos foram inspirados em Maria Antonieta. Eu achei o look bem parecido com o do último desfile da Dior (a referência, segundo o site Style.com, era Mrs. Robinson no filme “Vale da Bonecas”, confira nas fotos abaixo).

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Se bem que tem um outro filme que guarda uma séria semelhança com as cabeleiras avistadas nas passarelas: as perucas dos símios do Planeta dos Macacos!

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samba de uma nota só

Se a Casa de Criadores fosse uma escola de samba, esta ala desfilaria ao som de um sambinha bossa nova. 

Aqui, o clima é de romantismo e o sabor, de vida real. As roupas não causam surpresas, mas traduzem, sem grande alarde, os desejos de consumo das mulheres: vestidinhos leves, pantalonas, macaquinhos, babados…

Para os rapazes há camisetas pólo, a dupla jaqueta com bermuda, padronagem xadrez, tie-dye…

Diva

Prints I Like

Ianire Soraluze

ADD (Attention Deaf Disorder)

[As fotos de todos os slideshows são de CHARLES NAZEH/CHIC]

originais do ritmo

 Se a Casa de Criadores fosse uma escola de samba, esta ala seria a vencedora do quesito Originalidade.

 A P’tit é uma marca que eu poderia definir recriando um velho sucesso do Renato Russo: “roupa estranha para gente esquisita”.  Isso não é uma crítica negativa, não me entenda mal. É que as modelagens são sempre cheias de “loucurinhas”, recortes estranhos e adereços enigmáticos. Além disso, não parece haver a preocupação de se fazer uma coleção completa, coerente. O que há são peças soltas que orbitam um mesmo universo. Bem, mas se falta coesão, sobra personalidade.

A Ash, conhecida pelas belas estampas grafitadas com apelo streetwear, elegeu como tema desta coleção os animais marinhos ameaçados pela ação do homem. Baleias e águas-vivas aparecem em versões maximizadas e, às vêzes, sob tecidos transparentes.

A grande revelação do Projeto Lab foi a Der Metropol que apresentou uma moda esportiva com vocação street, e ótimas misturas de padronagens, cores e tecidos.  “As camisetas com figuras de animais já nascem hit”, como costumam dizer no site da Erika Palomino.

João Pimenta é um dos darlings da Casa de Criadores e seus desfiles costumam ser, o mínimo, antológicos. Nesta edição, o estilista optou por fazer uma apresentação mais contida, com foco na roupa. Confesso que fiquei um pouco desapontada. O estilista fez, sem dúvida, um belo exercício de estilo usando os uniformes de baseball como mote, mas a gama de cores escuras e as malhas encorpadas resultaram invernais demais. O toque de irreverência ficou por conta dos cabelos.

Gustavo Silvestre, estilista de origem pernambucana, fez bonito com as estampas de carroceria de caminhão, tanto em looks de tecidos naturais –feitos para o dia–, quanto em versões glamourosas, com bordados elaborados.

[todas as fotos são de CHARLES NASEH/CHIC]

luxo e riqueza

Se a Casa de Criadores fosse uma escola de samba, essa seria a Ala do Glamour

Walério Araújo fez um desfile impecável com um truque sensacional: na primeira entrada as modelos vestiam looks longos e glamourosos, em seguida, os mesmos vestidos apareciam em versões curtas. Os arranjos de cabeça, a la Philip Treacy, adicionaram humor.

Rober Dognani fez uma coleção de vestidos de festa com tudo o que uma mulher precisa: cores preciosas, mangas superlativas, decotes vertiginosos, comprimentos mínimos. As modelagens inspiradas em golas de quimonos são surpreendentes, assim como o uso dos materiais transparentes que sustentam os decotes.

Casa de Criadores

É muito bom ver a Casa de Criadores abrindo novamente o calendário da moda. (Os desfiles aconteceram no shopping Frei Caneca, entre os dias 28 e 30 de maio. A seguir, de 7 a 13 de junho, rola o Fashion Rio; e de 17 a 23 de junho, o SPFW. )

Depois de um período de turbulências em que o evento mudou de local e data várias vêzes, ele agora parece fortalecido com a parceria firmada nos últimas estações com o shopping Frei Caneca e a Brastemp.

Aliás, é de admirar a persistência com que André Hidalgo toca o evento há mais de 10 anos, vencendo dificuldades dificuldades de toda ordem –inclusive políticas e financeiras.

Contudo, não creio que devemos nos deixar levar pela condescendência ao julgar a Casa de Criadores ou seus participantes.

O que vi nas passarelas desta edição me fez pensar em algumas questões contraditórias como, por exemplo, o duelo entre a liberdade de criação e a necessidade de produzir moda comercial.

Se o evento se propõe a ser um celeiro de talentos, como se explica que alguns dos participantes apostem em idéias ultracomerciais, sem nada de pessoal ou inovador? Quem precisa de mais um vestidinho de malha igual a centenas que se pode comprar no Bom Retiro?

Sei que não é fácil para o estilista fazer uma coleção com recursos limitados, mas nada explica a falta de evolução de algumas marcas que não conseguem transcender o amadorismo das costuras repuxadas e, principalmente, das idéias frouxas.

Vem em boa hora, portanto, o lançamento do Concurso Ponto Zero, idealizado pela Casa de Criadores e Mercado Mundo Mix; pela Abit, Texbrasil, Apex-Brasil e Sinditêxtil. “Com periodicidade anual, o concurso é voltado aos alunos das principais faculdades e cursos de moda da capital paulista”, diz o press-realese de divulgação. Assim que possível, darei mais informações sobre o concurso.

Felizmente, há muito mais na Casa de Criadores do que os desfiles mornos que critiquei acima. Há gente experiente e talentosa, assim como novatos que, mesmo não alcançando um resultado ideal, conseguem expressar seus desejos de moda com liberdade e irreverência.

[ acima, as geladeiras customizadas pelos estilistas]

Nos próximos posts: minha seleção dos melhores momentos da Casa de Criadores!

um jeans pra chamar de seu

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Muito interessante o projeto “Diesel Genes” que está rolando no site sueco da famosa grife italiana, fabricante de jeans.

A idéia é que as pessoas criem versões artísticas que as representem utilizando imagens de uma calça e as ferramentas fornecidas no site. As obras mais votadas pelo público serão expostas numa grande (e misteriosa) festa que acontecerá no dia 11 de outubro, em Estocolmo.

Eu experimentei e achei uma delícia pintar e customizar os jeans, mas nem de longe consegui um efeito tão sensacional quanto a designer Annika Berger, autora da ilustração acima.