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Neste sábado, 4 de junho, às 16 horas, rola a abertura da exposição Coletiva Choque 2009, com obras dos artistas Zezão, Jaca (autor da obra acima), Carla Barth, Presto, Daniel Melim, Adam Wallacavage, Jeff Soto, Gachaco, Titi Freak e Yumi Takatsuka.

De acordo com o texto de divulgação do evento, escrito por Larissa Marques, o denominador comum entre os participantes é a “evolução do trabalho, tanto em conceito, quanto em qualidade de pintura. Baixo Ribeiro, sócio-proprietário da galeria, diz que “todos os artistas da Choque Cultural estão buscando ‘passar de fase’, subir um degrau. Eles tem estudado e experimentado como nunca, procurando o aprofundamento técnico e um trabalho mais consistente”.

Ainda segundo o press release:

Para esta exposição, Daniel Melim vai fazer uma instalação no porão da galeria, com as paredes pintadas, além de suas obras, como o que apresentou durante a quinta edição da SP-Arte, em maio deste ano. Daniel Melim é um expoente da stencil art, conhecido por seu trabalho no Jardim Limpão, em São Bernardo do Campo, onde pinta a fachada das casas, colore os becos e vielas.


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Zezão (autor da obra acima e já citado num post por causa do filme “No Traço do Invisível”, que foi exibido no Resfest), que é um dos artistas mais antigos da Choque Cultural, mostra a sua nova fase com trabalhos de colagem. Zezão também é conhecido por suas intervenções em galerias pluviais e na paisagem urbana, trabalho que o levou para outros universos como galerias de arte e museus.

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O veterano Jaca (acima) trouxe novas pinturas que concentram riqueza de detalhes. Começou a ilustrar quando ainda morava em Porto Alegre, incentivado por outra fera, Fábio Zimbres. Jaca construiu um imaginário próprio, rico em personagens e cenários doentios, algo entre o desenho infantil e o surreal.

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Parte da vanguarda que a Choque Cultural apresenta, surge a gaúcha Carla Barth que, além da carreira solo, integra o coletivo Upgrade do Macaco. Ela criou um mundo fantástico, de atmosfera psicodélica, com personagens que carregam, ao mesmo tempo, o mistério dos seres mitológicos e a simpatia dos desenhos infantis (foto acima). Suas esculturas de papier-mâché, técnica que explora com maestria, mostram bem a imponência estatuária confrontada à fragilidade do brinquedo.

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Presto é uma dos principais destaques da Coletiva, apresentando trabalhos em desenho e pintura muito delicados, além de suportes construídos (e destruídos) com exímio. O artista de 33 anos estudou na Escola Carlos de Campos, berço de artistas que se consagraram no graffiti paulistano, como Speto, osgemeos e Onesto. Começou a pintar nas ruas em 1996 e, desde então, desenvolve um imaginário próprio, formado por figuras fantásticas e uma caligrafia rebuscada, quase abstrata. A obra acima é dele.

Yumi Takatsuka apresenta novas obras nesta exposição, em que utiliza látex, tinta acrílica e automotiva, sempre sobre madeira. Yumi nasceu e vive, atualmente, no Brasil mas foi criada em Osaka. Fez exposições no Japão e participou da mostra Himegoto, na Choque Cultural, em 2006. Sua grande inspiração são os animais ligados à alimentação. A artista os pinta e desenha sem sentimentos de pena ou indignações. Ela está mais interessada em discutir essas sensações conflitantes contidas no processo do sacrifício para a geração de mais vida, num misto de sutil cromatismo e atmosfera lírica que motiva o observador a enxergar sua obra com mais profundidade.

Reunindo esses artistas, a Choque Cultural pretende apresentar sua progressão, resultado do intenso trabalho de curadoria e suporte à carreira de artistas jovens e consagrados dentro do cenário da arte urbana e contemporânea. “A Coletiva deve ser uma exposição emocionante e impressionante, com pinturas de qualidade e instalações de impacto para o visitante”, resume Eduardo Saretta, sócio-proprietário da galeria.

[todas as imagens: divulgação]