a moda na enfermaria

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Os amigos têm me perguntado se não vou postar nada sobre os desfiles internacionais. Ai, sabe preguiiiiiiça, mas uma preguiiiiiiiiça muuuuuuuito grande? Pois é… ela está pairando sobre a minha pessoa, mais ou menos como uma nuvem em cima da casa da família Adams. Hehehe!

Sabe o que é? Cansei um pouco de fingir que aqueles desfiles norte-americamos e europeus têm a ver com a moda que acontece abaixo do equador. Todo mundo já sabe, a esta altura do campeonato, que a grande influência de estilistas consagrados como Marc Jacobs, John Galliano e Nicolas Ghesquière vai se revelar na abundância de cópias baratas que serão confeccionadas e vendidas no mundo todo. Que o nível da moda brasileira é bastante bom, PORÉM, nossos maquinários estão defasados, os tecidos e os acabamentos estão longe de atingir a perfeição. E o mercado consumidor então? Nem se fala…ele se divide entre gente endinheirada que consome artigos de luxo, mas não tem estilo próprio nem personalidade para se vestir REALMENTE bem. E uma classe média que se espelha nas celebridades e consome a moda rápida e barata vendida nas Zara da vida.

Sim, nós temos criadores. Mas quem é que está, de fato, interessado no que eles criam?

Eu, você, meia dúzia de gatos pingados? Estou sendo muito ácida? Muito crítica?

Talvez sim, mas o desfile de Marc Jacobs para a Louis Vuitton, com sua equipe de enfermeiras fashion, vestidas com aventais de organza branca, parece diagnosticar, de forma acurada, que a moda hoje precisa de uma UTI urgente!

Ou sou eu que ando delirando???